sábado, 17 de julho de 2010

The Cove- A baía da vergonha



“Você nunca deve esperar por governos ou instituições para resolver os problemas, toda mudança social vem da paixão das pessoas”, assim é citada a frase da antropóloga Margaret Mead no documentário ganhador do Oscar The Cove (2009). Foi justamente a paixão pela conservação da vida marinha que o diretor e membro fundador da OPS (Oceanic Preservation Society), Louie Psihoyos, se juntou a Ric O'Barry, cuja paixão por golfinhos o fez ativista mundialmente reconhecido, para mostrar ao mundo a maior matança de golfinhos atualmente cometida! Entre os meses de setembro à março, em uma baía escondida dentro da área do Parque Nacional Tsunami, na pequena cidade de Taiji, no Japão, cerca de 23.000 golfinhos são brutalmente mortos.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Biodiversidade em foco

© Renato De Giovanni

Uma das atrações em Nobres (MT) é a Lagoa das Araras. Originalmente o terreno era uma várzea repleta de buritis – palmeira bastante comum no Cerrado. Ao ser transformado em lago, muitos buritis não conseguiram sobreviver, e os ocos que se formaram em seus troncos passaram a oferecer bom refúgio para araras, maritacas e outras aves. Fora do alcance de pelo menos parte dos predadores de ovos e filhotes, hoje dezenas de araras nidificam nesta paisagem modificada.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ecologia, mais do que eco e logia


Na universidade nossa primeira aula sobre ecologia foi descobrir o que seria ecologia. Lembro-me que o conceito que eu, e mais um grupo de alunos, consideramos mais adequado na época foi: o estudo da casa. O nosso raciocínio foi desmembrar a palavra em eco e logia, e depois procurar o significado de cada um em algum dicionário de Latim ou Grego. Em biologia essa técnica, bastante apurada por sinal, quase sempre funciona. É fácil descobrir que os sapos, rãs e pererecas ou Anuros não possuem calda (an = sem, uro = calda), que os tamanduás ou Mirmecófagos comem formigas (myrme = formiga, phago = comer) e que os Leptodactylus apresentam dedos pequenos, mesmo sem ter a mínima idéia do que eles sejam (lepto = pequeno, dactylus = dedos).

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Biodiversidade em Foco
















© Ana Moraes Coelho

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O papel dos hábitos alimentares nas transformações políticas: o exemplo da agricultura orgânica e do vegetarianismo na contracultura

Por Ana Moraes Coelho*

Segundo Warren James Belasco, professor de Estudos Americanos da universidade de Maryland, a comida é uma metáfora daquilo que nós gostamos ou não em nossa sociedade. Na história da civilização ocidental, os conflitos sobre comida e hábitos alimentares sempre são acompanhados de um fundamento político! O redescobrimento dos alimentos orgânicos e do vegetarianismo, acompanhados do movimento ecológico nas décadas de 60 e 70, são frutos da reação às destruições da natureza e do modo de vida de comunidades tradicionais.

sábado, 3 de julho de 2010

Questionamentos, idéias, ações e 17 galinhas mortas – o que seria a Sustentabilidade?

Alguns meses atrás, pensei que realmente tivesse tido uma grande idéia. Como em minha casa já havia duas cachorras de grande porte, resolvi levar o filhote (o “Chantilly”) de uma delas para um sítio. O grande espaço aberto que existia e a vida um pouco mais selvagem fariam bem a ele. Embora, nos meus pensamentos mais abissais talvez tenha transferido para o filhote as minhas vontades, realmente estava confiante que seria uma atitude apropriada. No entanto, não contava com seu aguçado paladar para galinhas, e especialmente galinhas do caseiro. Ao final de seis meses foram 17 galinhas mortas e 250 reais a menos na minha conta. O Chantilly voltou para a minha casa e concluí que não tivera uma boa idéia.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O IPÊ e a Economia do Século XXI (por Cláudio Pádua)


Nesse começo de século fica cada vez mais clara a necessidade de nos engajarmos numa nova economia que garanta a nossa sobrevivência no planeta Terra. Ela deve ser “descarbonizada”, sustentável e com a biodiversidade no centro do fluxo econômico. Deve, também, ser base para cidades sustentáveis, harmônica com o meio rural, com a criação de paisagens e o desenvolvimento de políticas públicas que permitam a convivência entre o agronegócio, a sustentabilidade familiar e a coexistência pacífica com o restante da biodiversidade de cada região. Foi por esse motivo que nossa instituição desenvolveu o Modelo IPÊ de Conservação, e o tem aplicado em cinco regiões do Brasil.