sexta-feira, 25 de março de 2011

Não dar o peixe, mas ensinar a pescar!


Não dar o peixe, mas ensinar a pescar! Talvez essa seja a frase mais usada por críticos de plantão e pessoas politicamente corretas. Ela está junto com “não devemos apenas mexer no telhado, mas na estrutura”, “a televisão manipula o povo” e “o problema do Corinthians é o técnico”.

Não que estejam erradas ou sejam inverdades, mas a questão é que muitos acreditam, por exemplo, que ensinar a pescar resume-se a escrever um livro sobre os 10 passos para se pegar um peixe, discutir técnicas de pescaria em um café na Avenida Paulista ou criticar aqueles que estão doando peixe para a população mais pobre. No entanto, se você já visitou o seu primo do interior e tentou se aventurar nessa brincadeira sabe que, mesmo em um pesque-pague em que o modelo de negócios está baseado na quantidade de pessoas que conseguiram pescar alguma coisa e por isso trabalham com super lotação de peixes nos tanques (mais do que tanques de festa junina [1]), o dia pode passar em branco. Ou seja, pescar e ensinar a pescar são coisas difíceis.

No entanto, nada que é difícil é impossível. E aqui cito três organizações que conseguiram ultrapassar as dificuldades e estão ensinando outras a pescarem sozinhas: Impetus, Sparkles e Charities AID Fundation.

A história dessas três organizações é muito semelhante. Basicamente, cansadas de serem apenas fontes financiadoras de projetos e ações sócio-ambientais, começaram a trabalhar no intuito de criar modelos de negócios economicamente sustentáveis em outras organizações. Assim, ao invés de apenas fazerem doações, eles trabalham para que a organização (podendo ser ONG ou não) torne-se não deficitária e que, ao longo dos anos, não dependa mais de doadores para realizar projetos. Eles transformam organizações filantrópicas em negócios sustentáveis que entregam melhorias ambientais ou sociais.

Enfim, mais uma vez digo que não é um trabalho fácil ensinar a pescar. E na verdade, muitas vezes, a doação é uma primeira via de melhoria, podendo ser muito importante. Mas podemos ir muito além e fazer com que organizações ou pessoas caminhem com as “próprias pernas”, exemplos e modelos já existem. Quanto ao Corinthians...

2 comentários:

  1. Texto bacana Rafa.
    "Ensinar" sempre é o melhor a ser feito. E os exemplos das organizações citadas são prova disto.
    Agora, eu, mesmo não ligando pra futebol, tenho a maior identidade com a fiel torcida corintiana, viu ? (risos). Abs. Alexandra

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  2. Oi Alexandra!

    Obrigado pelos comentários, mas os exemplos e as ideias do texto foram apenas um subterfúgio para falar mal do Corinthians. haha. To brincando, modifiquei o final para o bem de todos!

    Beijão
    Rafael

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