Para evitar tais contratempos inventou uma metodologia para estimar o número de moradores sem precisar contar todos. A ideia era selecionar alguns moradores, marcá-los e, depois de algum tempo, fazer a mesma coisa, mas nesse caso anotando aquelas que foram marcados duas vezes. Chamado de Captura-Marcação-Recaptura o método permitiu estimar tamanhos populacionais sem necessidade de contar todos os indivíduos, e tem salvados milhares de espécies selvagens em todo mundo.
As primeiras anotações John Graunt foram modificadas ao longo do tempo. Laplace, por exemplo, foi a primeiro a montar as primeiras fundações matemáticas do método – mas apenas 150 anos depois. Muitos outros também aperfeiçoaram e ainda aperfeiçoam o método, mas é a partir daquela ideia básica (captura-marcação-recaptura) que muitos estudos com vida selvagem foram realizados. Sabendo o tamanho populacional ao longo dos anos é possível, por exemplo, entender se uma espécie caminha para a extinção ou não. É possível entender se impactos ambientais estão afetando a sobrevivência dos indivíduos ou se atitudes conservacionista estão sendo efetivas. É possível até mesmo entender o padrão de ocupação do espaço, dando suporte para o zoneamento ambiental.
É plausível dizer que o método revolucionou o mundo da conservação ambiental, e será cada vez mais importante diante de uma necessidade de modelos mais sustentáveis do uso de recursos. É como dizem: o ócio leva à criatividade.
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